BARATA VOA

Bolsonaristas não sabem o que esperar da delação de Mauro Cid

O ex-Secom e atual advogado de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, reage à notícia de que ex-ajudante de ordem está disposto a contar o que sabe à Polícia Federal e simula despreocupação; nos bastidores o clima é de apreensão

Créditos: Agência Brasil (Tânia Rego) - Ex-presidente Jair Bolsonaro agora enfrenta a cada vez mais próxima delação premiada de Mauro Cid
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Bolsonaristas tateiam no escuro em busca dos temas que estarão na delação premiada cada vez mais próxima do tenente-coronel Mauro Cid, mas em público simulam que não há preocupação. Já nos bastidores, o ex-presidente, o inelegível Jair Bolsonaro (PL), e seus assessores mais próximos tentam descobrir o que o ex-ajudante de ordens está disposto a contar para a Polícia Federal (PF).

De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (7), a PF aceitou um acordo de delação com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa do militar também entregou ao Supremo Tribunal Federal(STF) um "termo de intenção" de fazer um acordo de delação premiada.

Temas da delação ainda não são conhecidos

Ainda não foram revelados os temas sobre os quais Cid estaria disposto a falar. O militar é investigado em relação a uma série de assuntos, incluindo os casos das joias e da falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.

Nos bastidores, Bolsonaro e seus colaboradores afirmam que não têm detalhes sobre o assunto. A principal suspeita entre os apoiadores do ex-presidente é que a delação do militar possa estar relacionada ao inquérito sobre a falsificação dos certificados de vacina.

Durante a tarde desta quinta-feira (7), segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, aliados e colaboradores de Bolsonaro tentaram insistentemente entrar em contato com a defesa e diferentes familiares de Mauro Cid, mas não receberam resposta.

Embora admitam não possuir informações concretas sobre a delação, Bolsonaro e seus auxiliares combinaram de reforçar publicamente o discurso de que "não há nada que Cid possa delatar".

E foi exatamente o que fez o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro e atual advogado do ex-presidente, Fábio Wajngarten, em postagem pelas redes sociais.

 

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