Bolsonaristas tateiam no escuro em busca dos temas que estarão na delação premiada cada vez mais próxima do tenente-coronel Mauro Cid, mas em público simulam que não há preocupação. Já nos bastidores, o ex-presidente, o inelegível Jair Bolsonaro (PL), e seus assessores mais próximos tentam descobrir o que o ex-ajudante de ordens está disposto a contar para a Polícia Federal (PF).
De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (7), a PF aceitou um acordo de delação com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa do militar também entregou ao Supremo Tribunal Federal(STF) um "termo de intenção" de fazer um acordo de delação premiada.
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Temas da delação ainda não são conhecidos
Ainda não foram revelados os temas sobre os quais Cid estaria disposto a falar. O militar é investigado em relação a uma série de assuntos, incluindo os casos das joias e da falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.
Nos bastidores, Bolsonaro e seus colaboradores afirmam que não têm detalhes sobre o assunto. A principal suspeita entre os apoiadores do ex-presidente é que a delação do militar possa estar relacionada ao inquérito sobre a falsificação dos certificados de vacina.
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Durante a tarde desta quinta-feira (7), segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, aliados e colaboradores de Bolsonaro tentaram insistentemente entrar em contato com a defesa e diferentes familiares de Mauro Cid, mas não receberam resposta.
Embora admitam não possuir informações concretas sobre a delação, Bolsonaro e seus auxiliares combinaram de reforçar publicamente o discurso de que "não há nada que Cid possa delatar".
E foi exatamente o que fez o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro e atual advogado do ex-presidente, Fábio Wajngarten, em postagem pelas redes sociais.