O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou em nota que recebeu nesta segunda-feira (4) o vídeo das autoridades italianas, registrado no Aeroporto Internacional Leonardo Da Vinci, em Roma, no qual constam as agressões sofridas pela família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele foi alvo, em 14 de julho, de um ataque perpetrado por um grupo bolsonaristas brasileiros que embarcava de volta para o Brasil, enquanto o magistrado seguia para outro destino europeu.
Moraes estava ao lado do seu filho e da esposa quando foi hostilizado por Andreia Munarão, Roberto Mantovani Filho e Alex Zanatta, que o teriam chamado de “bandido, comunista e comprado”. O filho de Moraes teria sido agredido fisicamente e seus óculos teriam quebrado durante o ato violento. O ministro estava retornado da cidade de Siena, onde havia proferido uma palestra, seguindo de férias na sequência.
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“O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), responsável pelos pedidos de cooperação jurídica internacional, informa que recebeu na manhã de hoje (4) as imagens do circuito de segurança do aeroporto de Roma, que registraram a agressão à família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os arquivos serão enviados ainda nesta tarde à Polícia Federal”, diz o informe publicado pela pasta chefiada pelo ministro Flávio Dino.
Quando desembarcarem no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, os três acusados foram identificados pela PF e passaram a responder em liberdade a um inquérito por crimes contra a honra e ameaça. Alexandre de Moraes e seus familiares já prestaram depoimentos sobre o caso e o trio bolsonarista foi alvo de operação de buscas e apreensões quatro dias após o episódio, em 18 de julho.