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Jair Renan Bolsonaro: Polícia investiga se Rolex é verdadeiro e se foi “presente” desviado

Objeto apreendido durante busca e apreensão no apartamento do filho do ex-presidente foi para a perícia

Jair Renan Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Redes sociais
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A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) está atualmente investigando a descoberta de um relógio de luxo encontrado no apartamento de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante operação realizada pela corporação no mês passado. A principal questão em foco na investigação é determinar se o relógio é genuíno da marca Rolex e se foi adquirido como presente de chefes de Estado durante o período em que Bolsonaro ocupou a presidência do país.

O objeto em questão foi enviado ao Instituto de Criminalística para um exame pericial de autenticidade, onde especialistas buscarão confirmar sua origem e autenticidade. O delegado Leandro de Castro Cardoso, diretor do Decor (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), confirmou a informação.

O UOL tentou entrar em contato com a defesa de Jair Renan, mas até o momento não obteve resposta. Em caso de manifestação por parte da defesa, este texto será atualizado para incluir suas declarações.

A operação em que o apartamento de Jair Renan foi alvo de busca fazia parte de uma ação direcionada a um grupo suspeito de envolvimento em estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. As buscas foram realizadas em dois endereços distintos, um apartamento em Santa Catarina e outro localizado no sudoeste de Brasília.

Estelionato, falsificação e lavagem de dinheiro.

O principal alvo da operação parece ser o suposto mentor do esquema, identificado como Maciel Carvalho, de 41 anos, que já havia sido alvo de duas outras ações da Polícia Civil do DF no decorrer deste ano, denominadas Operação "Succedere" e "Falso Coach". Maciel Carvalho, que anteriormente atuava como instrutor de tiro de Jair Renan, foi preso em janeiro deste ano.

De acordo com as investigações, o grupo suspeito operava por meio de um laranja e utilizava empresas fantasmas em suas atividades. Eles supostamente usavam a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abrir contas bancárias e figurar como proprietário de empresas fictícias, sendo essas utilizadas como intermediárias nas atividades ilícitas.

Além disso, os investigados teriam falsificado relatórios de faturamento e outros documentos relacionados às empresas sob investigação, frequentemente usando informações de contadores sem o consentimento destes profissionais.

A Polícia Civil do DF continua trabalhando na investigação para esclarecer todas as circunstâncias envolvendo o relógio de luxo encontrado no apartamento de Jair Renan e para desmantelar o esquema criminoso relacionado ao grupo suspeito de estelionato, falsificação e lavagem de dinheiro. Novas informações serão divulgadas à medida que se tornem disponíveis.

Com informações do UOL