Integrantes do núcleo duro de Jair Bolsonaro (PL) se deslocam nesta quinta-feira (21), à Brasília. Objetivo é avaliar com o ex-presidente a estratégia em resposta ao vazamento da última delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Há uma grande possibilidade de Bolsonaro, que até então tratava seu ex-ajudante de ordens como aliado, ir para o confronto, segundo fontes revelaram à CNN.
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A reunião de emergência é uma é uma resposta aos vazamentos de supostos trechos da delação firmada por Mauro Cid com a Polícia Federal. Mauro Cid afirmou que Bolsonaro buscou apoio dos militares para um golpe de Estado, chegando a apresentar uma minuta que previa a prisão de adversários políticos.
O então comandante da Marinha, Almir Garnier, teria se manifestado a favor do plano de golpe.
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A defesa de Cid se manifestou em nota alegando que “não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma razão não confirma seu conteúdo”.
Também teriam participado da reunião os ministros militares do governo, que à época tinha, entre outros, o ex-comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, na Defesa, além de Augusto Heleno (GSI) e Luis Eduardo Ramos (secretaria-Geral da Presidência).
Na delação, Cid conta ainda que a minuta golpista chegou às mãos de Bolsonaro por meio do olavista Filipe Martins, então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, que teria levado um advogado e um padre na reunião para explicar detalhes do documento - o tenente coronel disse não se lembrar dos nomes dos dois.
A minuta, segundo Cid, sugeria a convocação de novas eleições e autorizava o governo a prender adversários. A PF investiga se a minuta é a mesma encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, durante operação de busca e apreensão.
Reunião com militares
Com a minuta em mãos, Bolsonaro teria convocado a reunião com a cúpula das Forças Armadas para testar a receptividade do golpe. Cid diz ter participado de ambos os encontros.
As informações envolvendo a cúpula das Forças Armadas teria feita com que Cid firmasse o acordo de delação, conduzido pelo advogado Cezar Bitencourt.
O depoimento do tenente coronel teria causado grande preocupação na cúpula militar, que busca a aproximação do governo Lula.