A quebra de sigilo telemático do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, revela uma gestão atabalhoada do general Gonçalves Dias, já no governo Lula, do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI.
G. Dias pediu demissão do órgão no dia 19 de abril após divulgação de imagens dele durante a invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de Janeiro.
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Entretanto, e-mails recebidos pela CPMI dos Atos Golpistas mostram que um mês antes, em março, Mauro Cid, que estava nos EUA juntamente com Bolsonaro, recebeu e-mails funcionais "urgentíssimos" dando detalhes de ao menos sete viagens de Lula, inclusive internacionais.
Segundo informações de Guilherme Amado, no site Metrópoles, as mensagens da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foram enviadas a Cid de 6 a 13 de março.
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Os e-mails foram enviados por três militares remanescentes da gestão Augusto Heleno, ministro do GSI no governo Bolsonaro: Márcio Alex da Silva, do Exército; Dione Jefferson Freire, da Marinha; e Rogério Dias Souza, da Marinha.
As mensagens "urgentíssimas", que estavam na lixeira do e-mail funcional de Cid, informavam sobre viagens de Lula a Pequim e Xangai, na China; Foz do Iguaçu (PR); e Boa Vista (RR), além de evento que ocorreu em Brasília.
Como fizeram outros militares do GSI, Cid não apagou definitivamente as mensagens. Apenas deletou e elas foram parar na lixeira do e-mail funcional do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.