A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), se aposenta no próximo mês de outubro e, a menos de dois meses da troca é consenso no Governo Lula de que a magistrada deve ser substituída por outra mulher. Afinal de contas além de Rosa, apenas Cármen Lúcia e Ellen Gracie compõem o seleto grupo feminino que já ocupou a Suprema Corte.
As avaliações do governo apontam que seria uma espécie de retrocesso em termos de representação e diversidade a escolha de um homem. Levando isso em consideração, quatro nomes são ventilados para assumir a vaga, ainda que nenhum se apresente como favorito. Com cerca de dois meses adiante, até a aposentadoria da ministra Rosa Weber, as candidatas terão tempo suficiente para convencerem os presidente Lula (PT) de que devem preencher a vaga.
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Segundo informações que circulam na imprensa, os quatro nomes até agora cogitados são o da desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Simone Schreiber, o da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa e das advogadas Dora Cavalcanti e Carol Proner.
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Duas delas têm carreira na magistratura. Simone Schreiber tem atuação reconhecidamente garantista no meio jurídico, ou seja, com alinhamento a magistrados que tendem a analisar os processos pela perspectiva dos direitos individuais do acusado. Já Regina Helena Costa conta com a simpatia de nomes do STF, como as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber. Ambas marcaram presença na cerimônia de posse de Cristiano Zanin no STF.
Entre as advogadas, a Dora Cavalcanti é sócia do ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e integra o grupo de juristas Prerrogativas, que apoia Lula. Também faz parte do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).
Caroline Proner, mais conhecida como Carol Proner, é a jurista mais próxima de Lula. É uma grande expoente nas áreas do Direito Internacional e dos Direitos Humanos, além de fundadora da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e integrante do combativo Grupo Prerrogativas. Ela é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora em Direito pela Universidade Pablo de Olavide (Espanha) e mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como diretora-executiva do Instituto Joaquín Herrera Flores, coordenadora-executiva da Escola de Estudos Latino-Americanos e Globais (ELAG) e do Consejo Latinoamericano de Justicia y Democracia (CLAJUD) no Brasil.
Além da vaga de Rosa Weber no STF, no final de agosto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também terá de recompor três vagas abertas por aposentadoria. Além disso, em 26 de setembro também termina o mandato de Augusto Aras diante da Procuradoria-Geral da República (PGR). Indicar essas quatro vagas que se abrem no Poder Judiciário também é prerrogativa do presidente Lula (PT).