O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública de Ibaneis Rocha (MDB-DF), Anderson Torres, confirmou sua ida à CPMI dos Atos Golpistas na próxima terça-feira (8). A informação foi divulgada à imprensa pela própria defesa de Torres que também revelou que ele pretende contar tudo o que sabe sobre o assalto às sedes dos três poderes, cometido por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
Eumar Novacki, advogado de Torres, explicou ao Correio Braziliense que protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) que permita ao ex-ministro a possibilidade de guardar silêncio. No entanto, Torres quer falar.
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“Nosso pedido foi para preservar o cliente quanto ao direito de não se auto incriminar e para que não haja descumprimento das medidas cautelares. Tendo em vista que ele tem que se recolher às 22h e não pode ter contato com outros investigados que estarão na CPMI”, disse o advogado.
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Torres ficou preso entre 14 de janeiro e 11 de maio por conta de uma suposta conivência com os atos do 8 de janeiro. Ele foi acusado de sabotar o esquema de segurança da capital antes de sair de férias. É alvo de inquérito por isso.
No dia da invasão da Praça dos Três Poderes, Torres estava com a família na Flórida, EUA, e teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nos dias seguintes aos ataques. Com um pedido de extradição prestes a ser feito, ele embarcou para o Brasil em 13 de janeiro e ao aterrissar, na manhã do dia seguinte, foi abordado pela Polícia Federal e levado para a carceragem da corporação.
Torres ficou preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal até 11 de maio, quando o próprio Alexandre de Moraes revogou sua prisão. No entanto, o bolsonarista está usando tornozeleira eletrônica e convive com outras medidas judiciais como não utilizar redes sociais, não manter contato com outros investigados e recolher-se ao seu domicílio aos finais de semana e após as 22 horas em dias úteis.