Em dia tenso, com dois depoimentos marcados na Polícia Federal, a defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu na noite desta quarta-feira (30) o adiamento da oitiva sobre o caso o envolvimento do ex-presidente na propagação de fake news em grupo de WhatsApp de empresários aliados, que estava marcado para a manhã desta quinta-feira (31).
Os advogados preparam Bolsonaro apenas para o depoimento que acontece no período da tarde, quando também serão ouvidos Michelle Bolsonaro, Mauro Cid e o pai, o general Mauro Lourena Cid, os advogados Frederik Wassef e Fabio Wajngarten, e os ex-assessores do ex-presidente, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.
A oitiva simultânea é sobre a organização criminosa que traficou joias recebidas pelo governo brasileiro para serem vendidas nos EUA.
No pedido de adiamento do depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados de Bolsonaro alegam que só tiveram acesso à investigação sobre as fake news na segunda-feira (28) e, em razão do processo ser muito extenso, não conseguiram analisá-lo completamente.
Antes da decisão sobre o caso, no entanto, o delegado que comanda o caso aceitou e adiou a oitiva, que ainda não tem data certa para acontecer.
Fundador da Tecnisa, o empresário Meyer Nigri é pivô da investigação por propagar fake news sobre vacinas e urnas eletrônicas enviadas pelo ex-presidente.