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Em depoimentos gravados, Cid já teria dado nomes de altos militares; veja quem são

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, informa Andreia Sadi, da GloboNews, teria começado a citar os envolvidos na tentativa de golpe, ainda que sem fazer acusações diretas

Créditos: Reprodução - Mauro Cid prestará depoimento à CPMI dos Atos Golpistas na próxima terça (4)
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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, preso desde maio deste ano e arrolado numa série de crimes cometidos na gestão presidencial passada, já teria começado a entregar vários nomes de antigos integrantes de peso do séquito palaciano do ex-presidente de extrema direita.

A jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, informa que Cid vem prestando longos depoimentos à Polícia Federal, que são gravados, e neles teria citado os altos militares que participaram diretamente do enredo golpista que chegou a ser colocado em marcha no Brasil após a derrota de Bolsonaro para Lula (PT) nas urnas, ainda que sem fazer acusações diretas contra essas figuras. Não há confirmação de que o acusado tenha assinado um acordo de delação, o que sugere que Cid estaria falando de forma voluntária no âmbito dos inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal.

De acordo com as informações de Sadi, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, ambos da reserva, seriam as principais personagens já delatadas pelo tenente-coronel do Exército.

“Cid está apresentando o que tem sobre vários temas. O foco da PF está no roteiro do golpe. Militares do governo Bolsonaro estão cientes das conversas de Cid com a PF e estão preocupados com o que ele pode relatar de envolvimento e reuniões com Heleno, Braga Netto e novos personagens do núcleo militar”, teria dito a fonte de Sadi, que seria uma autoridade relevante das investigações, que classificou ainda o teor do depoimento do tenente-coronel como “amplo, diversificado e ruim para Bolsonaro”.