Alvo da investigação sobre a Organização Criminosa que traficou joias e presentes recebidos pelo governo brasileiro para venda nos EUA, Frederick Wassef teria sinalizado a pessoas próximas que deve entregar quem é o "mandante" da recompra que fez de um Rolex que foi surrupiado por Jair Bolsonaro (PL) e vendido para uma loja na Pensilvânia.
Wassef participa nesta quinta-feira (31) do depoimento simultâneo de membros da OrCrim na sede da Polícia Federal, em Brasília. Além dele, vão depor Jair e Michelle Bolsonaro, o tenente coronel Mauro Cid e o pai, o general Mauro César Lourena Cid, e Osmar Crivelatti, subordinado a Cid na Ajudância de Ordens da Presidência.
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Em entrevista atabalhoada, dias após a ação de busca e apreensão em endereços ligados a ele, Wassef confirmou que recomprou o Rolex, que teria custado 49 mil dólares, que foi devolvido ao Tribunal de Contas da União.
No entanto, na ocasião, ele negou que tenha agido a mando do ex-presidente. "não foi Jair Messias Bolsonaro que me pediu. Meu cliente Jair Bolsonaro não tem nada a ver com essa conduta, que é minha, e eu assumo a responsabilidade. Eu fui, eu assumo, eu comprei”.
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A declaração provocou ira em advogados e no clã Bolsonaro, que tiveram que mudar a estratégia de defesa e agora dizem que o ex-presidente teria o direito de vender os presentes recebidos em nome do governo brasileiro.
Armas
Wassef ainda deve explicar a PF o sumiço de um arsenal registrado em seu nome e que não foi encontrado em nenhum dos endereços da busca e apreensão.
O advogado de Bolsonaro tem 32 armas registradas como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, os chamados CACs, incluindo 12 fuzis.
No entanto, a PF encontrou apenas um pente de munição de pistola no carro do advogado no dia 16 de agosto, quando apreendeu 4 celulares de Wassef. O arsenal segue desaparecido.