Indicado pelo presidente Lula (PT), o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Christiano Zanin, deixou o campo progressista perplexo diante de seus primeiros votos, que ficaram à direita dos ministros Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O voto mais recente de Zanin foi no âmbito do processo que prevê a descriminalização do porte de maconha. O novo ministro votou contra e afirmou que liberar a posse pode "piorar o Brasil" no que diz respeito à saúde pública. O voto do ministro foi rebatido, por exemplo, por Alexandre de Moraes.
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Antes do voto sobre a descriminalização da maconha, Cristiano Zanin se posicionou contra a equiparação do crime de LGBTfobia ao de injúria racial e contra a aplicação da insignificância (para furtos de pequeno porte) a dois homens que foram condenados por um furto de R$ 100.
O próximo teste de Zanin será no processo sobre o Marco Temporal, que será retomado esta semana pelo Supremo Tribunal Federal e, diante do breve histórico de Zanin na Corte, há expectativas negativas sobre o voto.
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Após esses primeiros votos, Zanin se tornou alvo de críticas por parte de vários setores progressistas, pois consideraram que os primeiros votos vão de encontro aos anseios políticos da esquerda, principalmente no que diz respeito aos direitos humanos.
Porém, como era de esperar, Zanin ganhou elogios por parte de figuras da direita e da extrema direita, entre elas o vereador e filho do ex-presidente Bolsonaro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que saiu em defesa do novo ministro indicado pelo presidente Lula (PT).