BOLSONARO

Bolsonaro preso? Ex-presidente deve sofrer "3 ou 4 condenações graves", afirma Kakay

Advogado é contra prisão preventiva e estima cárcere de Bolsonaro somente depois de condenações

Bolsonaro deve ser condenado por 8 de janeiro e pelo caso das joias, afirma KakayCréditos: Alan Santos/PR
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O advogado Kakay afirmou em entrevista ao canal Diário do Centro do Mundo que, em sua avaliação, Bolsonaro só deve ser preso após ser condenado. A fala foi concedida na última terça-feira (22).

Ele também afirma que o ex-presidente só pode ser preso preventivamente na "excepcionalidade da excepcionalidade" e que o mais correto, sob o ponto de vista jurídico, é a prisão depois do devido processo legal.

Na avaliação do jurista, é importante deixar Bolsonaro responder em liberdade. "Eu prefiro pensar sob o prisma jurídico. Eu quero que ele responda em liberdade, que ele tenha todos os direitos que lhe negavam na época da Lava Jato", disse ao programa DCM Ao Meio-Dia.

Para Kakay, o estado democrático de direito deve prevalecer frente ao desejo de prender. "Não tem motivo para para tomar qualquer medida de prisão, salvo se houver motivo real e técnico", afirma.

Ele avalia que o 8 de janeiro será a chave para dar peso à condenação de Jair Bolsonaro. "O 8 de janeiro está sendo um crescendo, quer dizer, começou a pegar agora alguns que financiaram. Semana passada, houve uma operação que foi feita em cima de pessoas que financiaram, mas ainda não chegaram nos grandes financiadores, ainda não chegaram no governo", afirma Kakay.

"Quando chegar nos grandes financiadores, que eu acho que deve estar próximo de chegar, qual o último passo? O último passo é a quem interessava. Todo crime: a primeira pergunta é essa: a quem interessava? Evidentemente, interessava ao Bolsonaro e a um grupo militar que o cercava", completa.

"Então, nós temos que seguir os passos do processo penal. Bolsonaro fatalmente, no meu ponto de vista como advogado, ele deverá sofrer três ou quatro condenações graves. Aí sim ele vai preso para cumprir pena. A prisão preventiva é excepcionalidade da excepcionalidade", explica o jurista.

Por fim, ele defende que Bolsonaro seja condenado adequadamente. "Ou nós somos humanistas, que temos noção jurídica e vivemos para fazer cumprir a Constituição, ou ou eles terão vencido. Vamos cumprir a Constituição, vamos fazer o processo, vamos condenar nos mais diversos processos, e depois ele será preso para cumprir pena. Essa é a realidade processual", completa.

Confira a entrevista de Kakay: