ORCRIM BOLSONARISTA

Dino rebate crítica de Michelle e bolsonaristas: "Não é 'perseguição', é justiça"

Em ato do PL Mulher, Michelle Bolsonaro se colocou como vítima de perseguição dizendo que "sempre paguei minhas contas direitinho, sempre tive medo de ir para o Serasa" ao falar da quebra de seu sigilo bancário.

Flávio Dino, Jair e Michelle Bolsonaro.Créditos: Ministério da Justiça / Presidência da República
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O ministro da Justiça Flávio Dino foi às redes sociais na manhã deste domingo (20) para rebater as críticas de que estaria promovendo "perseguição" contra Jair Bolsonaro (PL) e aliados do ex-presidente, muitos deles presos nos últimos meses em diversas operações da Polícia Federal.

Na sexta-feira (18), em evento do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também está na mira da PF nas investigações sobre o tráfico de joias, se colocou como vítima de perseguição dizendo que "sempre paguei minhas contas direitinho, sempre tive medo de ir para o Serasa" ao falar da quebra de seu sigilo bancário.

"Ai falam: ô gente cadê as joias? Eu queria mesmo essas joias para mim", emendou Michelle, ressaltando que a coleção de joias "não é é meu estilo" e dizendo que poderia leiloar para dar dinheiro às instituições.

Em longo tuite, Dino afirmou que "o Brasil viveu um quadro de anomia, em que o absurdo era naturalizado: discursos contra vacinas; armamentismo irresponsável; crimes ambientais; agressões aos Poderes e ao pacto federativo" e que o governo Lula está promovendo "uma reconstrução institucional para recolocar o país nos trilhos da Constituição".

"No Ministério da Justiça, temos as LEIS como referência inafastável, para que possamos alcançar segurança jurídica. E as leis mandam que acusados de crimes sejam investigados, denunciados e julgados. Portanto, não se trata de escolhas, e sim de deveres. Esses deveres estão sendo cumpridos, nos limites das nossas atribuições, a fim de que tenhamos sanção e prevenção na medida necessária", afirmou o ministro.

"Não é “perseguição”, é JUSTIÇA. E só com justiça quanto ao passado teremos um futuro melhor", concluiu o ministro.