Em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros nesta quarta-feira (2), o presidente Lula comentou sobre a posição do país acerca da entrada de novos membros no BRICS e defendeu uma participação mais altivo do G20, afirmando que o G7, grupo que inclui EUA, Reino Unido, Japão, França, Itália, Canadá e Alemanha.
Lula foi convidado a participar no G7 no início do ano, em encontro realizado no Japão. Na reunião, a principal pauta foi o apoio à Ucrânia durante a guerra com a Rússia, pauta que Lula não compartilha com os países do chamado primeiro mundo.
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O presidente brasileiro, em declarações dadas nesta quarta-feira, afirma que o G20, que inclui Brasil, Argentina, Rússia, China, Índia, África do Sul, México, Turquia, União Europeia e Austrália, é muito mais proveitoso na discussão dos rumos tomados pela comunidade internacional do que o G7.
"Espero que um dia as pessoas percebam que o jeito de discutir política no G7 está superado. É preciso abrir. Na verdade, o G7 nem devera existir depois da criação do G20. As mesmas pessoas participam do G7 e do G20, então não sei para que a continuidade. Mas as pessoas criaram um clube e querem participar e não sou eu que vou impedir", disse Lula.
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BRICS e nova configuração
Além disso, o chefe de estado defendeu a inclusão dos países do golfo árabe no grupo dos Brics, mas também incluiu a Argentina dentro das conversas.
"Eu acho extremamente importante a gente permitir que outros países que cumpram as exigências dos Brics entrarem para os Brics. Do ponto de vista mundial, eu acho que os Brics podem ter um papel, eu diria, excepcional", declarou o presidente.
Por fim, Lula reiterou que essa decisão será tomada coletivamente com os outros representantes do grupo, que atualmente inclui China, Rússia, África do Sul e Índia.
"Eu acho extremamente importante a Arábia Saudita entrar nos Brics. Acho extremamente importante, sabe. Acho extremamente importante os Emirados Árabes, se quiser entrar nos Brics, entrar nos Brics, a Argentina. Obviamente que eu não decido sozinho, precisa todos os países decidindo isso", prosseguiu Lula.