Um extrato do banco digital Cora que consta nas investigações da Polícia Federal mostra o envio, via Pix, de R$ 13,5 mil feito por assessores de Carla Zambelli (PL-SP) e do irmão dela, o deputado estadual Bruno Zambelli (PL-SP), à empresa Delgatti Desenvolvimento de Sistemas, criada por Walter Delgatti Neto para prestar serviços à parlamentar que, segundo ele, teria agido a mando de Jair Bolsonaro (PL).
No extrato, divulgado por Paulo Capelli no site Metrópoles, estão listadas três transferências de Renan Cesar Silva Goulart, totalizando R$ 10,5 mil, e uma de Jean Hernani Guimarães Vilela, no valor de R$ 3 mil.
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Os depósitos foram feitos entre 9 de novembro de 2022 e 28 de fevereiro de 2023. Segundo Delgatti, o valor é parte do pagamento de R$ 40 mil efetuado por Carla Zambelli pelas prestações de serviços, entre elas a invasão do site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Renan César Silva Goulart atuou como secretário parlamentar de Carla Zambelli na Câmara Federal em 2019, sendo transferido em maio de 2023 para o gabinete de Bruno Zambelli, atual vice-líder do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
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No entanto, a Hernani Filmes, empresa que está em nome de Monica Romina Santos de Sousa, esposa de Vilela, recebeu R$ 94 mil por um serviço de "divulgação parlamentar" de Carla Zambelli.
Os pagamentos foram realizados entre outubro de 2022 e abril de 2023, a maioria em repasses de R$ 9 mil. Em dezembro, um mês antes da invasão do sistema do CNJ, o gabinete de Zambelli repassou R$ 31 mil à empresa.
O extrato apresentado por Delgatti à PF foi o principal motivo de realização da operação de busca e apreensão nos endereços dos dois parlamentares e seus assessores, que também tiveram os sigilos bancários e fiscal quebrados.
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