Durante a solenidade de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista Márcio Pochmann, realizada nesta sexta-feira (18), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, quebrou o protocolo e comentou sobre as últimas operações da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e também fez menção ao depoimento de Walter Delgatti à CPMI dos Atos Golpistas.
Para a ministra, o "cerco se fechou contra o ex-presidente da República". "Graças ao trabalho da operação da Polícia Federal e aos depoimentos dados na CPI dos Atos Golpistas nesta semana, podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República", disse.
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Em seguida, Simone Tebet afirma que Bolsonaro é o mandante das tentativas de golpe de Estado perpetradas recentemente no Brasil.
"Ali está claro. Está apontado como autor, como mandante da tentativa de fraude às urnas eletrônicas, como tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro de escolher seu sucessor. Ali estava a tentativa de violar, de atentar contra a democracia brasileira", afirmou a ministra do Planejamento.
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Posteriormente, ela cita Ulysses Guimarães para deplorar a imagem de Bolsonaro. "Então, permitam-me esse desabafo, eu faço citando Ulysses Guimarães, que dizia que traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio e nojo. Nojo da ditadura".
Por fim, Simone Tebet afirma que é preciso apreender o passaporte de Bolsonaro, pois ele pode fugir.
"E eu digo a vocês, que sigam o rigor da lei e não se enganem, que busquem o mais rápido possível apreender o passaporte, porque alguém que fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo, certamente vai tentar abandonar o Brasil para salvar a própria pele", concluiu Simone Tebet.