O advogado Cezar Bitencourt, que foi contratado nesta semana pela família do tenente coronel Mauro Cid e mudou a estratégia jurídica, sinalizou recuo em troca de mensagens com um jornalista do Estadão após falar em "contrabando" e dizer que o dinheiro das joias "era de Bolsonaro".
“Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja não se falou em joias [sic]”, escreveu Bitencourt em mensagem ao jornalista Tácio Lorran por WhatsApp.
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Após a divulgação reportagem na Veja, Bolsonaro disse ao repórter Túlio Amâncio, da Band, que Cid, preso, é capaz de falar qualquer coisa.
“Falei com Bolsonaro logo depois que foi publicada a reportagem da Veja. Ele não me respondeu por mensagem, resolveu me ligar. E autorizou colocar a conversa em “on”. Bolsonaro disse que Cid está preso há muito tempo e, por isso, é capaz de falar qualquer coisa pra sair da cadeia. Afirmou que não recebeu nenhum valor em espécie de Cid e que não pediu pra que os bens fosses vendidos. Disse ainda que não falou com Cid pai depois da operação de sexta passada, pois “acabaria sendo acusado de interferência”. Finalizou dizendo que essa estratégia do novo advogado de Cid é camicase”, escreveu Amâncio num fio postado em seu perfil no Twitter.
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A coluna Radar, da Veja, revela que, em reunião com aliados e advogados no começo da semana, Bolsonaro admitiu ter mandado Mauro Cid vender as joias.
O ex-presidente teria tomado a decisão depois de “alguém” dizer a ele que a lei permitiria tal venda. “Alguém falou que poderia vender. Aí eu falei: faz aí, mas dentro das quatro linhas. Se pode vender, então vende”, disse Bolsonaro, segundo relato de um dos aliados.
A aliados, Bolsonaro ainda deu sinais de que esperava que Mauro Cid “assumisse” a responsabilidade no caso das joias: “Deleguei (a venda das joias), sou desorganizado”.
Advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno afirmou que nada muda para a defesa do ex-presidente com uma eventual confissão do tenente-coronel Mauro Cid. "A lei autorizava", diz ele.