Jair Bolsonaro (PL) já tem consciência do tamanho do problema que terá pela frente com a delação que seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cida, fará. O ex-presidente admitiu que será alvo de acusações por parte do antigo subordinado e outrora homem de confiança. A confissão foi feita ao jornalista Túlio Amâncio, repórter que cobre Brasília da Band.
“Falei com Bolsonaro logo depois que foi publicada a reportagem da Veja. Ele não me respondeu por mensagem, resolveu me ligar. E autorizou colocar a conversa em “on”. Bolsonaro disse que Cid está preso há muito tempo e, por isso, é capaz de falar qualquer coisa pra sair da cadeia. Afirmou que não recebeu nenhum valor em espécie de Cid e que não pediu pra que os bens fosses vendidos. Disse ainda que não falou com Cid pai depois da operação de sexta passada, pois “acabaria sendo acusado de interferência”. Finalizou dizendo que essa estratégia do novo advogado de Cid é camicase”, escreveu Amâncio num fio postado em seu perfil no Twitter.
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Mais cedo, o novo advogado do tenente-coronel, Cezar Roberto Bitencourt, anunciou que seu cliente assumirá os crimes cometidos e delatará o ex-presidente à Justiça, demonstrando que ele era o operador do esquema ilícito que espoliava os bens públicos da Presidência. Preso há mais de 3 meses no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, por participação num esquema fraudulento que emitia cartões de vacinação falsos para sua própria família e a do ex-presidente, o militar decidiu que assumirá os delitos, uma vez que não tem visto qualquer ajuda ou solidariedade por parte do ex-chefe de Estado.