Durante uma entrevista ao Uol News, na tarde desta terça-feira (15), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, falou sobre o caso da organização criminosa instalada dentro do Palácio do Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para desviar e vender joias, relógios e itens valiosos pertencentes ao Estado. Inicialmente, o ministro afirmou que é evidente que há crime e também envolvimento do ex-presidente da República no esquema, visto o teor probatório apresentado até aqui pela Polícia Federal.
“É evidente que a responsabilidade se acha, nesse momento, diretamente relacionada com o ex-presidente. Não é crível que houvesse esse movimento de comércio inusitado de bens, com circulação de valores, e não houvesse algum tipo de ciência... “É evidente que a responsabilidade se acha, nesse momento, diretamente relacionada com o ex-presidente. Não é crível que houvesse esse movimento de comércio inusitado de bens, com circulação de valores, e não houvesse algum tipo de ciência”, disse Dino.
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No entanto, o que surpreendeu quem assistiu à transmissão foi a posição do ministro, que foi juiz federal por 12 anos, em relação a uma possível decretação da prisão temporária, ou preventiva, de Jair Bolsonaro.
“A prisão preventiva tem requisitos específicos, dentre os quais materialidade de um crime, nesse caso já existe. Em segundo lugar, indícios de autoria, como já mencionei, há indícios de autoria. Porém há outros requisitos que estão nos artigos 311 e 312 do CPP. Nesse momento, veja, neste dia em que estamos conversando, não vejo ainda razões para essa medida extrema... Há uma evolução de apurações e, em algum momento, o Judiciário pode decidir por essa medida. Mas as apurações ainda estão evoluindo. O que é importante para a sociedade é a garantia de que a verdade está sendo progressivamente trazida aos autos, ao processo, ao inquérito e demonstrada a sociedade”, opinou o ex-magistrado e ex-governador do Maranhão.
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