A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por perseguir um homem com arma em punho devido a uma discordância ideológica e por atacar o ministro Alexandre de Moraes, utilizou o assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavivencio, para disseminar desinformação e promover terrorismo doméstico.
Segundo publicação da parlamentar em suas redes sociais, o assassinato de Villavivencio faz parte de uma suposta "escalada da perseguição contra aqueles que combatem regimes socialistas".
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"O aumento da perseguição contra aqueles que se opõem a regimes socialistas na América Latina é motivo de alerta. A notícia do ataque contra o candidato à presidência do Equador, Fernando Villavivencio, é recebida com consternação e extrema preocupação", acusa Carla Zambelli, sem apresentar qualquer evidência.
Como é seu costume, a deputada também relaciona a esquerda da América Latina ao narcotráfico, tática amplamente usada durante a eleição presidencial de 2022 para atacar o então candidato e atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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"Villavivencio era um jornalista que se destacou como um ferrenho opositor do socialismo, da corrupção e do narcotráfico, conseguindo se eleger parlamentar em 2021 e integrar a Assembleia Nacional antes de o atual presidente do Equador dissolvê-la e convocar novas eleições", escreveu Carla Zambelli.
Cartel assume responsabilidade pelo assassinato de candidato no Equador
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A organização criminosa Los Lobos, considerada uma das mais poderosas do país, anunciou que é a responsável pelo assassinato do candidato que estava em 4º lugar nas pesquisas com menos de 10% de intenções de voto.
- A entidade afirmou que Villavicencio havia feito acordos com Los Lobos e não cumpriu suas promessas. “Queremos deixar claro para todos que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro - que são milhões de dólares -, para financiar suas campanhas, serão executados”, diz um porta-voz rodeado de outros criminosos. A polícia não confirma a veracidade do vídeo.
- "Assumimos a responsabilidade pelos fatos ocorridos esta tarde (a morte de Villavicencio) e afirmamos que eles se repetirão quando os corruptos não cumprirem suas palavras", completam os criminosos.