NÃO É POSSÍVEL

Grupo pró-armas faz ato a 600m do Congresso; Eduardo Bolsonaro está lá

Exatamente 6 meses após tentativa de golpe, radicais de extrema direita realizam manifestação por mais armamento próximo às sedes dos Três Poderes da República

Eduardo Bolsonaro em ato da extrema direita pró-armas.Créditos: Mauro Lopes/Fórum
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Um grupo de militantes de extrema direita do movimento pró-armas está neste momento realizando um ato em Brasília, a 600 metros do Congresso Nacional, após percorrerem um trecho de pouco mais de um quilômetro da capital federal. Ontem, 8 de julho, foi a data que marcou os seis meses da tentativa de golpe de Estado levada a cabo por bolsonaristas de várias partes do país, que resultou na depredação e vandalização das sedes dos Três Poderes da República.

Quem está presente na manifestação dos radicais favoráveis à venda indiscriminada de armas é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado pelo presidente Lula (PT) na eleição do ano passado, que ao se negar a aceitar o resultado fomentou o radicalismo de seus fanáticos seguidores.

O repórter Mauro Lopes, da Fórum, esteve no local e testemunhou a movimentação dos extremistas armamentistas, que naquele momento se concentravam em frente à Catedral de Brasília.

“Há centenas de pessoas, não mais do que isso, e também há pelo menos uma centena de PMs, ao redor da manifestação. É algo assustador, porque há exatos seis meses ocorria a tentativa de golpe de 8 de janeiro. E eles descem a Esplanada (dos Ministérios) justamente em direção ao Congresso, mas conversando com um tenente da PM me foi passada a informação de que eles não chegarão perto da Praça dos Três Poderes, ficarão numa área a 600 metros de lá”, disse Mauro.

Nas imagens da manifestação é possível ver várias bandeiras de estados brasileiros, de clubes de tiro e até o pendão do Brasil Império, o que apenas reforça o caráter ultrarreacionário dos militantes que se juntaram para a “celebração” das armas.

A Fórum entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Distrito Federal para pedir esclarecimentos sobre quem autorizou um ato relacionado a armas, e com participantes vinculados a clubes de tiro e com registros de CAC, num local tão próximo ao centro do poder político nacional, sobretudo após os trágicos intentos de 8 de janeiro, assim como para saber qual era o efetivo policial destinado à manifestação. Até o momento não houve retorno por parte da PMDF. O espaço segue aberto para o posicionamento da corporação.

Veja fotos do ato pelo armamento:

Mauro Lopes/Fórum
Mauro Lopes/Fórum
Mauro Lopes/Fórum
Mauro Lopes/Fórum

 

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