Classificado até por aliados como "presidente de fato" quando esteve à frente da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL) - que se ocupava de motociata e atos eleitoreiros -, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, é mais um a abandonar o ex-presidente, que se vê cada dia mais isolado em meio a um pequeno grupo de aliados radicais da extrema-direita fascista.
Após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pular do barco bolsonarista em discurso no plenário da Câmara e garantir 40 dos 49 votos da bancada para a aprovação da Reforma Tributária na noite desta quinta-feira (6), Nogueira foi às redes sociais hastear a bandeira branca ao governo Lula.
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"Há 1 unanimidade no Brasil: o Brasil precisa mudar. Precisa porque o povo não pode esperar 4 anos sofrendo, abandonado, enquanto questões que são de país, e não de governos, precisam ser enfrentadas", disse o ex-todo-poderoso da Casa Civil no Twitter, antes de decretar que "nenhuma oposição pode ser contra o Brasil", dando adeus a Bolsonaro.
"Dizia isso ontem, digo hoje e direi sempre: nenhuma oposição pode ser contra o Brasil. O Brasil que queremos é maior do que todos nós, o Brasil que queremos pode não ser o de hoje, mas é hoje que temos a obrigação de construí-lo", emendou o senador, que antes das eleições de 2018 já havia dito que "Bolsonaro é um fascista"..
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Minutos após a publicação, na manhã desta sexta-feira (7), o senador piauiense sentiu a fúria da horda bolsonarista, que entendeu seu recado.
"Traidores", "Já virou a casaca", "Vendido", dispararam os apoiadores de Bolsonaro, entre ironias de outros seguidores. "Ciro Nogueira já fez o L na Austrália", disparou um deles.