ATAQUE A MORAES

VÍDEO: Constantino faz acusação gravíssima contra Moraes; Paulo Figueiredo diz ter informações privilegiadas da PF

Bolsonaristas tentam descreditar o relato de Moraes sobre a agressão que sofreu no Aeroporto de Roma e sinalizam ter contatos com pessoas envolvidas na investigação

Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo fazem acusação gravíssima contra Alexandre de Moraes.Créditos: Reprodução
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Os bolsonaristas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, que atuavam como comentaristas na Jovem Pan e em outros canais de extrema direita, fizeram uma acusação gravíssima contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em transmissão ao vivo nesta quarta-feira (26) veiculada através das redes sociais. 

Constantino disse que uma "fonte" o informou que Moraes teria xingado Andréa Mantovani, acusada de hostilizar o ministro no Aeroporto de Roma (Itália), em 14 de julho, de "putinha"

"Eu tinha tido uma fonte que falou que ele [Alexandre de Moraes] xingou a mulher do cara, que ia pegar o orifício, xingou de putinha. Usou o termo", disparou Constantino, sendo endossado por Paulo Figueiredo. 

Figueiredo afirmou ainda, na mesma live, que teria informações privilegiadas do inquérito que apura os ataques a Moraes no Aeroporto de Roma que estariam sendo repassadas a ele por um delegado da PF envolvido nas investigações. 

“Em condição de anonimato, um dos delegados que acompanhou a oitiva falou comigo”, disparou o neto do ditador João Batista Figueiredo. 

Assista

Depoimento de Moraes

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribuna Federal (STF), sua esposa e três filhos prestaram depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em São Paulo, na última terça-feira (24). 

Todos ratificaram as informações de que as ofensas e agressões sofridas pela família no Aeroporto Internacional de Roma, no dia 14 de julho, tiveram motivação política e o objetivo de “constranger” o magistrado.

Os depoimentos reforçaram que a mulher identificada como Andréa Munarão abordou o ministro no momento em que ele se credenciava para acessar a sala VIP da companhia TAP. Então, ela passou a chamar Moraes de "comunista", "bandido" e "comprado".

Em seguida, dentro da sala, Andréa começou a gravar Moraes com o celular e a gritar para seus filhos que o ministro havia "fraudado as urnas e roubado as eleições".

Andréa, ainda conforme os depoimentos, foi avisada pelos filhos do ministro que, se prosseguisse com as ofensas, seria gravada e processada.

Ela, então, chamou o marido, Roberto Mantovani, que também passou a agredir os familiares de Moraes. Ele avançou em direção ao filho do ministro, chamando-o de "filho de bandido, comunista, ladrão".

O rapaz tentou pegar o celular para gravar as agressões e acabou levando um tapa de Roberto Mantovani, que acertou o rosto dele, derrubando seu óculos.

Em seguida, um estrangeiro interveio e o agressor chegou a ir embora. Porém, logo depois, voltou e continuou a ofender e gravar a família de Moraes.

Ainda segundo os depoimentos à PF, o ministro se dirigiu aos agressores e afirmou que tiraria fotos para identificá-los e processá-los no Brasil. Entretanto, as ofensas prosseguiram por parte de Roberto Mantovani, Andréa Munarão, do filho Giovanni Mantovani e do genro do casal, Alex Zanatta.

O ministro tirou fotos e se retirou com a família. Os cinco depoimentos apontaram que as imagens dos circuitos de segurança do aeroporto italiano comprovarão o que disseram.

Defesa da família nega ofensas e agressão

A defesa da família dos agressores nega que eles tenham sido responsáveis pelas hostilidades, diz que foram ofendidos e afirma que as declarações serão confrontadas com as imagens das câmeras de segurança solicitadas pela PF.