O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou a antiga estratégia de apelar para o nome de Adélio Bispo dos Santos, autor da facada em seu pai, Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha eleitoral de 2018, para chamar a atenção nas redes após perder o posse de armas.
Líder do gabinete do ódio durante o mandato do pai, Carlos teve a renovação de seu porte de arma - uma Glock 9mm, segundo a Globo - negado pela Polícia Federal.
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O filho de Bolsonaro alegou "efetiva necessidade" por ser vereador e afirmou possuir a "cabeça a prêmio" no pedido de renovação da posse da arma, segundo ele um revólver calibre 38.
A PF indeferiu o pedido afirmando que não foram comprovadas ameaças ou riscos individualizados, superiores e distintos em relação aos perigos habituais por quem exerce a mesma atividade profissional para justificar a concessão excepcional do porte
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Nas redes, Carlos Bolsonaro inicou o chororô invocando Adélio e o suposto aumento de ameaças ao clã, que não foi comprovado na documentação entregue à PF.
"Contra fatos não há argumentos: Primeiro, antigo filiado do PSOL, braço do PT tenta matar meu pai. Em seguida, as constastes ameaças à nossa integridade física aumentam, fatos vistos aos olhos de todos ao longo dos anos. Depois, retiram a segurança e a negativa dos veículos blindados a serem utilizados pelo ex-presidente. Agora, essa questão do porte de arma. A conclusão é de vocês", escreveu em tuite no final da noite desta sexta-feira (21).
Neste sábado (22), o filho de Bolsonaro retomou o choro e compartilhou um tuite de seguidora que diz que "Adélio esteve no mesmo clube de tiro que o Carlos frequentava" e indaga: "O que a PF entende como comprovação de perigo que justifique essa proteção?".
"Tudo coincidência, fora a matéria mentir que minha arma é uma 9mm, mas uma .380. Tudo foi redondamente orquestrado diante de mais um processo que corria sob sigilo! É cristalina a intenção do ato", tuitou Carlos, contrariando em frase confusa.