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Ex-deputado bolsonarista é preso no Paraná por posse ilegal de arma

Durante operação de busca e apreensão que tinha como objetivo apurar esquema de rachadinha, policiais encontraram a arma irregular

pistola.imagem ilustrativaCréditos: Agência Câmara
Escrito en POLÍTICA el

Na manhã desta quarta-feira (19) a Polícia Civil do Paraná cumpria um mandado de busca de apreensão na residência do ex-deputado federal bolsonarista Emerson Petriv, mais conhecido como “Boca Aberta”, em Londrina. Em dado momento, os agentes encontraram uma arma de fogo no local e, ao constatar que a posse do armamento era ilegal, Boca Aberta saiu de casa direto para uma cela fechada.

O operação foi autorizada pelo Ministério Público e buscava apurar um esquema de rachadinhas operado por Boca Aberta. A defesa do ex-parlamentar nega as acusações e promete recorrer ao Tribunal de Justiça do Paraná contra a prisão.

Homens do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ambos da Polícia Civil paranaense, participaram da operação na casa do ex-parlamentar.

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A pena para posse ilegal de arma é de um a três anos de prisão e multa. Os policiais também apreenderam celulares e computadores do bolsonarista. De acordo com o MP, Boca Aberta estaria ameaçando e intimidando testemunhas do caso investigado pela internet.

Boca Aberta tem um histórico amplo de problemas com a Justiça. Em 2017, quando era vereador de Londrina, teve o mandato casado por fazer uma vaquinha virtual a fim de pagar uma multa eleitoral. Em janeiro de 2018, o MP pediu sua prisão preventiva por ter violado medida judicial que o obrigava a manter pelo menos 500 metros de distância do vereador Mário Takahashi (PV). Em março foi detido por perturbação do sossego. Meses mais tarde, naquele mesmo 2018, seria eleito pela primeira vez como deputado federal pelo PROS.

Mas o mandato não durou. Ele tomou posse em 2019 e em 2021 teve o diploma cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele já tinha tido os direitos políticos cassados em 2017, na ocasião da perda do mandato de vereador, e disputou as eleições assim mesmo.