Diante da possibilidade de Sergio Moro (UB-PR) ter seu mandato de senador cassado pela Justiça Eleitoral, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) deve se candidatar à vaga em uma eventual eleição suplementar ao Senado em seu estado.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo neste sábado (15), a petista, que foi senadora de 2011 a 2018, admitiu que pode ser candidata mais uma vez à casa legislativa caso a cassação de Moro seja efetivada.
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"Tenho a disposição [em concorrer] e a gente vai conversar no partido sobre a melhor estratégia", declarou Gleisi, que afirma ainda estar acompanhando o processo de cassação de Moro "de longe".
"Obviamente, tem que ter eleição. Acho que as coisas se precipitaram, as pessoas acabaram falando sobre isso, mas temos que aguardar o processo ser julgado. Estou acompanhando muito de longe", pontuou.
Nos bastidores do meio jurídico, é dada como certa a perda do mandato de Moro, visto que seu processo, aberto por suposto caixa 2 na campanha e abuso de poder econômico, é idêntico ao de casos que culminaram em cassação, como o da ex-senadora Selma Arruda, cassada em 2019 e conhecida como "Moro de Saias".
Apoio de Janja
Caso de fato concorra ao Senado, Gleisi já tem o apoio da primeira-dama Janja Lula da Silva. Recentemente, Janja se referiu à deputada como "futura senadora". Há outros nomes no PT, entretanto, que pleiteam a vaga: o deputado federal Zeca Dirceu e o ex-governador Roberto Requião.