O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou as redes sociais neste sábado para dar uma bela invertida no senador e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (União Brasil-PR). A invertida foi dada após Moro fazer uma publicação bastante ambígua a respeito dos ataques sofridos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Roma.
Moraes estava ao lado do seu filho no aeroporto de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14), quando foi hostilizado por três bolsonaristas. “Bandido, comunista comprado”, disseram os agressores que agora estão devidamente identificados pela Polícia Federal (PF).
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Os xingamentos foram proferidos por uma mulher chamada Andreia. Em seguida, um homem identificado pela PF como Roberto Mantovani Filho chegou a agredir o filho do ministro com um tapa. O rapaz teria tentado intervir nas agressões ao pai. Logo depois, um terceiro bolsonarista identificado como Alex Zanatta se juntou a Andreia e Roberto nos xingamentos ao magistrado.
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Após desembarcarem no aeroporto de Guarulhos os três foram identificados pela PF e responderão em liberdade a um inquérito por crimes contra a honra e ameaça contra Moraes.
“Nada justifica ataques ou abordagens pessoais agressivas contra Ministros do STF ou seus familiares. Minha solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. Não é esse o caminho”, escreveu Moro no Twitter, tentando se solidarizar com o magistrado.
Moro não deixou claro para quê seria o tal “caminho”. Mas associando a declaração a sua atuação política, ele provavelmente se referia ao fato de que ofender o ministro não seria o caminho para criticá-lo. O senador tenta, com a declaração, dialogar com os bolsonaristas mais fanáticos, que dedicam grande do seu tempo para pregar contra Moraes devido a sua atuação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no STF, considerada pela extrema-direita como tendenciosa e favorável ao PT.
Menos de 1 hora depois da publicação, Correia começa sua publicação questionando o ex-juiz: “E qual é o caminho, Sergio Moro?”
E emendou: “Apoiar os bolsonaristas golpistas como você está fazendo na CPMI? Ou perseguir seus adversários para ganhar cargo em governo de ultra direita como fez com Lula? Sua solidariedade ao ministro soa falsa e interesseira”.