A minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns "estudos" que, segundo investigadores, eram destinados a dar suporte a um eventual golpe de estado, foi encontrada pela Polícia Federal (PF) no celular do tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O documento se refere a uma operação militar que permite ao presidente da República convocar as Forças Armadas em situações de perturbação da ordem pública.
Te podría interesar
Cid esteve na sede da PF em Brasília nesta terça-feira para depor sobre esse novo conjunto de evidências, que ainda não se tornou público, de acordo com informações a coluna de Malu Gaspar.
Documentos para o golpe
O ministro Alexandre de Moraes afirma no despacho que autorizou a oitiva de Cid que o ex-ajudante de ordens "reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado".
Te podría interesar
O texto de Moraes afirma que o material trata "da possibilidade de emprego das Forças Armadas em caráter excepcional destinados a garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União".
Mauro Cid, mais uma vez, se negou a falar. A PF pretendia saber quem preparou os tais estudos e para quem eles estavam sendo compilados, entre outras coisas. Não há, por enquanto, sinal de que o material tenha sido enviado a Bolsonaro pelo celular.
Os documentos de Cid estavam em mensagens trocadas com o sargento Luis Marcos dos Reis, preso junto com ele no início de maio na operação que apura fraudes nos cartões de vacinação de diversas pessoas, entre elas o ex-presidente e sua filha Laura. Reis deve ser ouvido nesta quarta-feira pela PF.
Com informações da coluna de Malu Gaspar