O senador Marcos do Val (Podemos-ES) passou mal no início da noite desta terça-feira (20) e precisou ser socorrido por profissionais de saúde do posto médico do Senado.
O bolsonarista participou da sessão da CPMI dos Atos Golpistas, que contou com o depoimento do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e em dado momento teve um mal-estar. Segundo parlamentares, Marcos do Val teria sido acometido por uma taquicardia.
A situação foi confirmada pela assessoria de imprensa do parlamentar, que após deixar o posto médico, visivelmente abatido, disse que passou mal por conta de "pressão alta".
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Questionado na CPMI
Marcos do Val passou mal após participação na CPMI dos Atos Golpistas, ocasião em que foi questionado por parlamentares sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal contra ele na última semana.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), por exemplo, pediu a substituição de Marcos do Val na CPMI pelo fato do senador responder a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira
Alvo da PF
A Polícia Federal deflagrou no dia 15 de junho uma operação de busca e apreensão em endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a operação foi acompanhada, ainda, de ordem para que os perfis do bolsonarista nas redes sociais sejam bloqueados e para que ele preste depoimento.
A operação vem um dia após Marcos do Val sugerir impeachment de ministros do STF e dizer que Moraes encampa "ações inconstitucionais".
"Seguindo o que determina a constituição que cabe aos senadores, fiscalizar, afastar e até impeachmar ministros do STF. É notório em todos os meios jurídicos e entre e entre os magistrados, por todo o Brasil, as ações anticonstitucionais do ministro Alexandre de Moraes", havia postado o senador.
A PF solicitou autorização ao STF para deflagrar a operação contra Marcos do Val no âmbito de um processo em que ele seria acusado de obstrução de Justiça por tentar atrapalhar as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. O senador é investigado, ainda, pelo crime de integrar organização criminosa, atentar contra o Estado Democrático de Direito e divulgar documentos sigilosos.