Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), depõe nesta terça-feira (20) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro.
O ex-militar é suspeito de ter mobilizado tropas da PRF com o objetivo de atrapalhar a votação em algumas regiões do Brasil, principalmente na região do Nordeste. Levantamento realizado pelo Ministério da Justiça mostra a discrepância de tropas mobilizadas para o NE quando comparado com regiões do Sul e Sudeste.
Te podría interesar
Ao chegar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, Silvinei foi interpelado por jornalistas e afirmou que "muita fake news foi espalhada para atrapalhar o Brasil" e que está pronto "para falar por 10 ou 15 horas".
Te podría interesar
Documento da PRF comprova bloqueios em estados onde Lula venceu primeiro turno
Documento interno da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que a corporação escalou mais agentes de folga para trabalhar nas blitz no segundo turno das eleições de 2022, em locais onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno.
Houve reforço de efetivo com hora extra paga pela PRF nos seguintes estados em que Lula venceu no primeiro turno: Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
A PRF usou como justificativa uma análise técnica apontando que 65% dos crimes eleitorais no primeiro turno aconteceram nessas duas regiões.
Ex-Corregedor da PRF escondeu 23 denúncias contra o então chefe, Silvinei Vasques
Por se tratar de um superior hierárquico, Wendel era obrigado a comunicar à CGU sobre as possíveis infrações de Vasques. No entanto, não foi encontrado nenhum registro no sistema correcional da controladoria.
Silvinei Vasques pode perder aposentadoria após processo disciplinar
O novo diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (8) à GloboNews que Silvinei Vasques, seu antecessor conhecido por ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá perder a aposentadoria a depender de como um processo disciplinar, do qual é alvo, seja concluído.
Além do processo interno, Silvinei também é réu na Justiça acusado de utilizar-se do cargo para fazer campanha para Bolsonaro e de omissão na desobstrução das rodovias bloqueadas por bolsonaristas após as eleições. Ele também é investigado pelas blitzes realizadas durante o segundo turno das eleições, em 30 de outubro, no Nordeste do país.
Acompanhe ao vivo o depoimento de Silvinei à CPMI dos Atos Golpistas