O novo diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (8) à GloboNews que Silvinei Vasques, seu antecessor conhecido por ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá perder a aposentadoria a depender de como um processo disciplinar, do qual é alvo, seja concluído.
Além do processo interno, Silvinei também é réu na Justiça acusado de utilizar-se do cargo para fazer campanha para Bolsonaro e de omissão na desobstrução das rodovias bloqueadas por bolsonaristas após as eleições. Ele também é investigado pelas blitzes realizadas durante o segundo turno das eleições, em 30 de outubro, no Nordeste do país.
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Silvinei foi exonerado do cargo de diretor-geral da PRF em 20 de dezembro de 2022, no apagar das luzes do governo Bolsonaro. Apenas três dias depois foi publicada a sua aposentadoria voluntário no Diário Oficial da União, com vencimentos integrais - o que foi visto na ocasião como uma 'recompensa' em muitos meios de comunicação. Mas aparentemente a PRF não quer deixar que a história termine dessa maneira.
“Internamente existe um processo disciplinar, que está em fase final. Processos disciplinares não deixam de ter o andamento devido com a aposentadoria, eles prosseguem. Havendo responsabilização do servidor, e pena máxima de exclusão da corporação, ele terá sua aposentadoria cassada”, afirmou o novo diretor-geral da PRF para a GloboNews.
Em sua posse como diretor-geral da PRF na última terça (7), Oliveira afirmou que a corporação não deve ter preferências partidárias e nem aceitar atos golpistas e investidas contra a democracia. “Resta evidente que a defesa dos ideais republicanos não pode ser meramente retórica, mas praticada em cada ação, gesto e palavra. Os valores genuínos da PRF, como educação, civilidade e respeito ao próximo são imprescindíveis para a nação”.
*Com informações da GloboNews.