ÓDIO NAS REDES

Ataque a escolas: psicopatas neonazistas se escondem atrás de suposta defesa da "liberdade", diz Dino

A defesa da "liberdade", de maneira subjetiva, foi um dos principais temas dos discursos de Jair Bolsonaro (PL) e atualmente é usada pela extrema-direita para tentar barrar a regulamentação das mídias sociais.

Flávio Dino.Créditos: Tom Costa/MJSP
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, relaciononou nesta terça-feira (20) a onda de ataques em escolas no país à proliferação do ódio e de grupos neonazistas na internet, que se escondem atrás da defesa de uma suposta liberdade. A declaração acontece um dia após um ex-aluno abrir fogo e matar dois estudantes na Escola Estadual Helena Kolody, em Cambé, no Paraná.

"É óbvia a relação entre crescimento de ataques contra escolas com apologia do ódio e proliferação de grupos neonazistas na internet. Esse é o ambiente social que impulsiona os psicopatas, inclusive os que se escondem atrás da suposta defesa da “liberdade”. Liberdade de matar?", indagou o ministro.

A defesa da "liberdade", de maneira subjetiva, foi um dos principais temas dos discursos de Jair Bolsonaro (PL) e atualmente é usada pela extrema-direita para tentar barrar a regulamentação das mídias sociais.

Nas redes, Dino afirmou ainda que "informações necessárias ao total esclarecimento do crime na escola do Paraná estão sendo compartilhadas entre o Ministério da Justiça e a polícia do Estado".

"O trabalho integrado com Estados e Municípios, no âmbito do SUSP, continua a ser a estratégia principal para enfrentamento à violência", diz o ministro.

Segunda vítima

Na madrugada desta terça foi anunciada a morte da segunda vítima do ataque na escola no Paraná.  Luan Augusto, de 16 anos, estava internado em estado grave após levar um tiro na cabeça.

O estudante era namorado da outra vítima do ataque, Karoline Verri Alvez, que tinha 17 anos e morreu na escola após ser baleada pelo ex-aluno.

Luan estava internado no Hospital Universitário de Londrina (HU) e seu quadro era considerado gravíssimo.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, lamentou a morte de Luan. "Recebo com tristeza a notícia do falecimento da segunda vítima do ataque no Colégio Estadual Prof. Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. O ódio e a cultura armamentista tiraram covardemente a vida de mais dois adolescentes. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos", disse.