As mudanças articuladas pelo deputado Isnaldo Bulhões (MDB), relator da medida provisória que reorganiza as atribuições de vários ministérios no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, retira várias atribuições do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva.
A Agência Nacional de Águas, por exemplo, será transferida para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. A pasta, comandada pelo União Brasil, também deve assumir o controle da política nacional sobre recursos hídricos.
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O Cadastro Ambiental Rural será incorporado ao Ministério da Gestão. E a gestão dos resíduos sólidos ficará com o Ministério das Cidades, feudo do MDB de Bulhões.
Marina declarou à coluna de Bernardo Mello Franco, no Globo, que “estão depenando o Ministério do Meio Ambiente”. A declaração, dada logo após reunião em que conseguiu manter o veto do Ibama à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, foi ainda mais contundente: “o povo brasileiro elegeu o presidente, mas parece que o Congresso quer reeditar o governo Bolsonaro”, afirmou.
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“Nem a ditadura”
“Nem a ditadura militar fez isso”, protestou Marina. “Tirar as competências do Ministério do Meio Ambiente vai minar a credibilidade do país no exterior. Isso será um tiro no pé do agronegócio brasileiro”, disse ainda.