Os parlamentares do Psol querem a retirada das grades que cercam o Congresso Nacional. O líder do partido na Câmara, Guilherme Boulos (SP), oficializou o pedido em documentos enviados aos presidentes Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, nesta sexta-feira (12).
No texto, Boulos destaca que a retirada das grades do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada, decidida pelo presidente Lula nesta semana, evidencia a retomada da normalidade na política brasileira, além de emitir uma mensagem "carregada de simbolismo necessário para a pacificação de nossa sociedade e o enfrentamento ao extremismo político", escreveu o deputado.
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"É momento de sinalizar à sociedade, que os Poderes da República, vilipendiados em 8 de janeiro deste ano, não se dobram às ameaças. As instituições não se dobram à ameaça golpista. As instituições democráticas também não se fecham em bloqueios físicos. Estamos abertos às justas pressões da sociedade e respeitosas. As manifestações cidadãs e civilizadas", destaca Boulos.
Também foi solicitado aos presidentes do Legislativo que atuem junto aos demais Poderes da República para que sejam retiradas as grades metálicas em toda a Praça dos Três Poderes. O objetivo, aponta a liderança do Psol, é que o Conjunto Urbanístico de Brasília (CUB) e o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer voltem a emanar liberdade e respeito.
Boulos cita que parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aponta ser proibido o cercamento permanente de áreas tombadas, como os prédios do Congresso Nacional e a Praça dos Três Poderes.
Dez anos de grades
As grades na Praça dos Três Poderes foram instaladas em 2013, durante a gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em meio a protestos contra o governo. As grades foram mantidas por Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). As sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) seguem cercadas desde então.