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Fogo no parquinho: Nikolas Ferreira é multado por associar Kim Kataguiri à "rachadinha"

Decisão judicial foi divulgada na mesma semana em que deputado bolosonarista foi denunciado pelo Ministério Público por transfobia.

Nikolas Ferreira e Kim Kataguiri.Créditos: Agência Câmara
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A extrema direita segue batendo cabeça e trocando farpas - e ações na Justiça - após o retorno de Lula à Presidência da República. 

Após descumprir ordem para publicar uma retratação a kim Kataguiri (DEM-SP) em suas redes sociais, o bolosnarista Nikolas Ferreira (PL-MG) foi multado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em R$ 5.320,50 por divulgar notícias falsas.

Na campanha de 2022, Ferreira associou, sem provas, Kataguiri à prática de "rachadinha", esquema de corrupção que ficou conhecido por meio do clã Bolsonaro.

No entanto, a justiça diz que o bolsonarista descumpriu a ordem para publicação de direito de resposta em sua rede social. A multa foi aplicada em março e deve ser quitada em 30 dias.

Transfobia

Essa foi a segunda derrota de Ferreira nesta semana. Na sexta-feira (6), o Ministério Público de Minas Gerais denunciou o deputado pelo crime de transfobia.

Em 2020, enquanto ainda era vereador por Minas Gerais, Nikolas publicou um vídeo chamado “Travesti no banheiro da escola da minha irmã”.

Na postagem, o então vereador faz um vídeo batendo na tecla do banheiros para pessoas trans. No vídeo, ele fala que mulheres trans podem ser "estupradores em potencial", além de errar o gênero das pessoas recorrentemente. Na avaliação do Ministério Público de MG, trata-se de crime de transfobia.

“O acusado, ao se referir a todo momento à menina transexual de 14 anos de idade como menino, vociferando que ela seria um ‘estuprador em potencial’, chamando de ‘ousadia’ o fato de ela frequentar o banheiro do gênero com o qual se identifica, e que sua presença constrangeria as demais alunas, revela, em verdade, seu preconceito contra todas as pessoas transexuais, evidenciando, portanto, flagrante discriminação atentatória de direitos e liberdades fundamentais de grupo de vulneráveis, praticado em razão, única e exclusivamente, da identidade de gênero da vítima”, diz um trecho da denúncia.