O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã desta quinta-feira (6) de maneira enfática e por duas vezes que não haverá privatizações e que o capital estrangeiro será “muito bem recebido no Brasil para fazer novos investimentos e para abrir novos negócios, mas não para comprar nossas empresas”. Foi durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Lula falou sobre o tema logo no início da entrevista e, sem que tenha sido instado, voltou ao tema ao comentar sobre sua visita à China: “Quero que os chineses entendam que o dinheiro deles é muito bem-vindo, mas não para comprar nossas empresas; e sim para fazer novos investimentos”.
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O presidente embarca para a China na próxima terça-feira (11) e fica no país até dia 14. Ele será acompanhado por cerca de 40 políticos, entre eles Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, e alguns ministros.
A agenda oficial começa no dia 13, em Xangai. Na cidade, Lula participará do evento de posse de Dilma Rousseff como presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento – o Banco dos Brics. Oficialmente, a ex-chefe do Executivo do Brasil já começou a trabalhar após ser eleita por unanimidade para o cargo, mas está aguardando Lula para o evento formal.
No dia seguinte, Lula seguirá para Pequim, para o encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. Na ocasião, Lula discutirá a relação econômica entre os dois países e uma ação comum pela paz entre Rússia e Ucrânia.
O caminho da paz
Na coletiva no Planalto, Lula disse que “nós não concordamos com a invasão da Ucrânia, mas não concordamos também que Estados Unidos e Europa tenham entrado na guerra como entraram, sem fazer um esforço maior para negociar a paz”. Lula disse que o caminho da paz implica a devolução dos territórios ocupados pelos russo, exceto a Criméia, “e o compromisso de que a Ucrânia não colocará armas na fronteira com a Rússia”. O presidente considera fundamental a participação chinesa nos esforços de paz.