O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai dizer às autoridades que foi o ex-presidente quem ordenou, na última semana do ano passado, que ele tomasse as medidas necessárias para reaver o conjunto de diamantes apreendido pela Receita Federal, em Guarulhos.
O depoimento bomba de Cid está marcado para a próxima quarta-feira, 5 de abril, mesma data prevista para o depoimento de Bolsonaro.
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De acordo com o Estadão, jornal que denunciou a entrada irregular das joias no país, Cid tem dito isto a interlocutores e que o mesmo foi repassado ao advogado que o tenente-coronel contratou para defendê-lo no caso.
Cid diz ainda que não haveria outra forma desta determinação ter chegado a ele senão pelo próprio presidente.
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Bolsonaro diz que não sabia
Bolsonaro afirma que nunca teve conhecimento das joias sauditas e que não determinou envio de avião da FAB para reaver as joias apreendidas e estimadas em cerca de R$ 16,5 milhões.
Dois estojos de joias avaliados em pelo menos R$ 1,5 milhão já foram devolvidos pelo ex-presidente, após estes casos também virem à tona.
O criminalista Rodrigo Roca é o advogado de Mauro Cid. Ele é o mesmo que passou a defender o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Ele atua também nos demais processos que envolvem Mauro Cid e que tramitam no Supremo Tribunal Federal.
Com informações do Estadão