UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

CPMI dos Atos Golpistas: lideranças progressistas querem lançar luz sobre o 8 de Janeiro

Líderes de partidos da Frente Ampla que elegeu Lula divulgam nota em que afirmam que base do governo no Congresso vai atuar com firmeza na comissão que vai investigar os atos golpistas

Créditos: Anderson Foto Filme
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O Fórum dos Partidos Progressistas lançou uma nota nesta quarta-feira (26) na qual ressalta que seus parlamentares no Congresso irão atuar com firmeza para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos golpista de 8 de janeiro esclareça os episódios criminosos e toda a cadeia dos fatos que os antecederam.

"Nossos partidos irão atuar com firmeza para que a CPMI do Golpe lance luz sobre os episódios criminosos de 8 de janeiro e toda a cadeia dos fatos que os antecederam, sob o comando de um ex-presidente derrotado pelas urnas, pela democracia e pela história, para que todos sejam responsabilizados", afirmam as lideranças progressistas

O grupo é formado pelas lideranças partidárias das siglas que formam a Frente Ampla que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Assinam o texto a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann; o presidente em exercício do PDT, André Figueiredo; os presidente do PSB, Carlos Siqueira; do PV, José Luiz Penna, do PSOL, Juliano Medeiros, do PCdoB, Luciana Santos e o porta-voz da Rede, Wesley Diógenes.

A nota também critica a política de juros altos que, segundo as lideranças, é incompatível com a agenda do Governo Lula de retomada das políticas públicas destruídas pelo governo anterior, como a ampliação dos investimentos em saúde e educação.

"A continuidade dessa política de juros estratosféricos e da atual direção do Banco Central, arrogante e irresponsável, é um veneno para a economia e para a sociedade brasileira, tão nociva quanto as ameaças à democracia que o Brasil tem enfrentado desde o processo eleitoral", frisa a nota.

Confira a nota na íntegra

"O Brasil viveu um pesadelo nos últimos quatro anos sob um governo de extrema-direita. Por isso nos unimos numa frente ampla para eleger Lula presidente e garantir um programa capaz de reconstruir o país.

Entre os compromissos firmados com o povo brasileiro estão a retomada das políticas públicas destruídas pelo governo anterior, a ampliação dos investimentos em saúde e educação, a garantia de uma política internacional altiva e independente, o estímulo ao investimento produtivo e a promoção de uma reforma tributária que garanta simplificação e progressividade.

Tais mudanças são incompatíveis com a política monetária legada daquele período nefasto, que impõe ao país a maior taxa de juros reais do planeta, estrangula o crédito, inviabiliza o investimento, condena a economia à recessão e a população ao desemprego e à pobreza.

A continuidade dessa política de juros estratosféricos e da atual direção do Banco Central, arrogante e irresponsável, é um veneno para a economia e para a sociedade brasileira, tão nociva quanto as ameaças à democracia que o Brasil tem enfrentado desde o processo eleitoral.

É neste contexto que nos dispomos a debater as novas regras fiscais encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional, de forma a aperfeiçoá-las às necessidades do programa eleito nas urnas e à reconstrução do país, enfrentando as pressões que tenham como finalidade inviabilizar os compromissos do governo recém iniciado ou criminalizar sua política econômica.

O Teto de Gastos, imposto ao povo brasileiro num momento de crise política e econômica, teve como resultado a ampliação das desigualdades, o estrangulamento das políticas sociais e o desmonte de áreas estratégicas do Estado, sequer cumprindo suas promessas de equilíbrio das contas públicas. Uma nova regra fiscal, portanto, deve levar em conta as necessidades do povo brasileiro e garantir que seja executado o programa que nos levou à vitória nas urnas.

É também neste contexto que nossos partidos irão atuar com firmeza para que a CPMI do Golpe lance luz sobre os episódios criminosos de 8 de janeiro e toda a cadeia dos fatos que os antecederam, sob o comando de um ex-presidente derrotado pelas urnas, pela democracia e pela história, para que todos sejam responsabilizados.

Conclamamos os partidos e forças políticas do campo democrático a caminhar conosco em torno destes objetivos, para que o Brasil volte a crescer e nosso povo possa trabalhar em paz, com justiça social e democracia sempre.

André Figueiredo – Presidente em exercício do PDT
Carlos Siqueira – Presidente do PSB
Gleisi Hoffmann – Presidenta do PT
José Luiz Penna – Presidente do PV
Juliano Medeiros – Presidente do PSOL
Luciana Santos – Presidenta do PCdoB
Wesley Diógenes – Porta-Voz da Rede"