TERROR BOLSONARISTA

Edição de vídeo pela CNN tinha "claro intuito de atingir o governo e G. Dias", diz Cappelli

Trechos já divulgados pela emissora mostram que houve manipulação das imagens na reportagem feita por Leandro Magalhães, que omite em seu curriculo ter trabalhado por 3 anos como assessor do PP na Câmara.

Imagens de agentes do GSI no 8 de Janeiro vazadas pela CNN.Créditos: Reprodução/CNN
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Nomeado por Lula para comandar interinamente o Gabinete de Segurança Institucional, o GSI, após o vazamento de vídeos das câmeras de segurança que mostram a atuação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) depredando o Palácio do Planalto, Ricardo Cappelli diz que a edição feita pela CNN Brasil tinham "claro intuito de atingir o governo e o general" Gonçalves Dias, o G. Dias.

Cappelli acredita que a divulgação da íntegra das imagens vai deixar claro que G. Dias foi vítima de uma armação e que "não há qualquer possibilidade de ilação com relação à conduta do general".

"O general Gonçalves Dias é um servidor com décadas de serviços prestados ao Estado brasileiro. Agora é muito importante que as pessoas vejam as imagens sem os cortes, sem a edição, porque foram feitos cortes com claro intuito de atingir o governo e o general. Com a liberação das imagens vai ficar demonstrado que não há qualquer possibilidade de ilação com relação à conduta do general, que, inclusive, de forma muito honrosa, fez questão de se afastar das suas funções para que não houvesse dúvida sobre a lisura da conduta dele", disse em entrevista ao jornal O Globo.

Partiu de Cappelli a iniciativa de pedir a Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação da íntegra das imagens, que estavam sob sigilo por fazer parte do inquérito sobre os atos terroristas que corre na corte. O ministro atendeu a solicitação e liberou a íntegra das imagens nesta sexta-feira (21).

Após a declaração do próprio G. Dias acusando manipulação nas imagens, a CNN divugou trechos sem edição das câmeras que teria usado na reportagem feita por Leandro Magalhães, que omite em seu curriculo ter sido assessor por três anos de deputado do PP na Câmara.

No entanto, os vídeos sem a edição comprovam que houve manipulação das imagens, corroborando a narrativa de G. Dias de que edição "colou imagem" dele à de agente do GSI que teria ajudado terroristas.

“Colaram a minha imagem àquela situação momentânea que acontecia ali, colaram a minha imagem àquele major que distribuía água aos manifestantes, fizeram um corte específico na produção dos vídeos que vocês viram", disse o militar ao explicar as imagens.

Veja aqui como foi feita a manipulação das imagens e aqui a reportagem da CNN.