O presidente Lula foi direito ao comentar a exoneração do general Gonçalves Dias, o G. Dias, do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta quarta-feira (19) após o vazamento de imagens pela CNN que mostram o militar em meio aos terroristas durante a invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Ao se dirigir ao Planalto, Lula foi indagado por jornalistas se havia ficado chateado com a demissão de G. Dias e foi curto e grosso.
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"Não. Ele saiu por conta própria", afirmou o presidente.
Segundo informações obtidas pela Fórum, G. Dias chegou para a reunião com Lula após o vazamento das imagens e já pediu exoneração - que foi aceita pelo presidente.
Em conversa com ministros, Lula teria demonstrado mais insatisfação pelo fato do militar ter mentido do que pelo vídeo em si, que mostram a presença de Dias atordoado entre os terroristas.
Dias apresentou ao menos três versões sobre as imagens feitas pelas câmeras de segurança. Primeiramente, ele teria dito que o sistema havia sido quebrado e não existiriam imagens. Em outra versão, ele se negou a entregar as gravações à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa do Distrito Federal porque os arquivos seriam "muito grandes" para serem enviadas. Dias também afirmou que não revelaria as imagens pois o GSI havia decretado cinco anos de sigilo.
No entanto, as imagens foram vazadas ao jornalista Leandro Magalhães, que atualmente é correspondente da CNN em Brasília, onde atuou por 3 anos como assessor do deputado Eduardo da Fonte, de Pernambuco, que foi vice-líder do PP em 2022.