LULA TOMA DECISÃO

Interventor da Segurança no DF após atos golpistas assume o GSI de forma interina; secretário-executivo é demitido

Ricardo Cappelli, que é secretário-executivo do Ministério da Justiça, comandará o órgão provisoriamente após a demissão de Gonçalves Dias

Ricardo Cappelli.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tomou uma decisão, por hora provisória, sobre o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a demissão, no final da tarde desta quarta-feira (19), do general Marco Edson Gonçalves Dias, até então responsável pelo órgão de segurança e inteligência. 

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), assumirá o GSI no lugar de Gonçalves Dias o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Ele ficará no cargo de maneira interina, até que o governo anuncie um novo nome. Além disso, o secretário-executivo do órgão foi demitido

Cappeli foi o responsável por liderar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal após os atos golpistas encampados por apoiadores de Jair Bolsonaro no dia 8 de janeiro. 

"O presidente decidiu juntamente com o afastamento do general G Dias que haverá também o afastamento do secretário executivo do GSI e será nomeado interinamente como secretário executivo do GSI, respondendo interinamente pelo GSI o senhor Ricardo Capelli.Portanto, tão logo seja publicado o diário oficial, o Ricardo vai ficar respondendo pelo GSI", disse o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta

Demissão de Gonçalves Dias

O general Marco Edson Gonçalves Dias, até então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), pediu demissão na tarde desta quarta-feira (19) após o surgimento de imagens do dia dos ataques terroristas a Brasília, em 8 de janeiro, nas quais ele aparece perambulando dentro do Palácio do Planalto, cheio de invasores, enquanto agentes do órgão auxiliam os criminosos na fuga.

Embora G. Dias, como é conhecido, tenha assumido o cargo, que era do general Augusto Heleno, uma semana antes dos ataques, todo o contingente do GSI era, naquele momento, composto por militares bolsonaristas do governo anterior. Praticamente não havia ocorrido trocas entre os servidores da pasta, o que sugere fortemente uma sabotagem por parte desses funcionários na hora em que o ato de sedição tomou conta da Praça dos Três Poderes.

Figura conhecida nos governos de Lula (PT) e Dilma (PT), G. Dias ocupou o posto de secretário de Segurança da Presidência da República do primeiro e de chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da segunda.