EX-JUIZ NA BERLINDA

A reunião que Moro cavou com a presidência do STF um dia após denúncia da PGR

Senador é alvo de denúncia por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes que, em última instância, pode levá-lo a perder o mandato e até mesmo à prisão

O senador Sergio Moro.Créditos: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O senador Sergio Moro (UB-PR) está correndo contra o tempo para tentar se livrar de uma condenação após denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na segunda-feira (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

O despacho, assinado pela vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo, pede a condenação e eventual prisão e cassação do ex-juiz da Lava Jato pelo vídeo em que ele aparece acusando o ministro Gilmar Mendes de “vender habeas corpus”. O documento destaca que Moro "sabia perfeitamente da gravidade do que falava e fez isso publicamente", sendo gravado e rodeado de pessoas, para que o fato fosse amplamente divulgado.

Na tentativa de se livrar de uma condenação, além de divulgar vídeos em que afirma que sua fala foi "retirada de contexto" e que se deu em uma situação de "brincadeira", Moro pediu uma audiência com a presidente do STF, ministra Rosa Weber. A reunião já consta na agenda oficial da magistrada e será realizada nesta terça-feira (18) às 18h30, na sede da Corte em Brasília. 

O senador tem proximidade com Rosa Weber. À época do julgamento da Ação Penal 470, o chamado "Mensalão", Moro foi juiz auxiliar da ministra, tendo a ajudado na elaboração de votos.