Em entrevista a o Fórum Café desta terça-feira (11), o ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PT, José Genoino, avaliou os cem primeiros dias do governo Lula e defendeu uma posição mais à esquerda por parte da organização.
Genoino é extremamente crítico ao novo arcabouço fiscal proposto por Fernando Haddad, à reforma tributária de Bernard Appy, ao novo Ensino Médio, continuado pelo ministro da Educação Camilo Santana e uma postura à direita, no geral, do governo Lula.
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Para ele, o governo pende à direita para se antecipar à "correlação de forças", mas não avança em questões sociais sérias. Mas, antes do mandato em si, Genoino entende que o projeto à esquerda passa por uma disputa na base social.
“O papel do PT é ser uma força avançada para avançar esse debate, para propor a pauta e para fazer uma disputa política para mexer com esse segmento da população [a classe média] que está sendo disputado”, disse. “O PT está sem protagonismo. Ele tem que ter mais protagonismo nessa cruzada que a gente está vivendo”, disse.
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O ex-parlamentar e ex-diretor do partido também exige uma posição enfática do partido sobre o ajuste fiscal. "A bancada do partido tem que criar um campo de disputa e criar emendas no ajuste fiscal”, defende.
“O governo é de frente ampla, mas é a bancada do PT tem que criar um polo, tem que fazer disputas pontuais”, disse Genoino.
A ideia é tensionar o governo pela esquerda, para avançar em temas mais centrais. A reforma do Ensino Médio, para o ex-parlamentar, deve ser derrotada nas ruas.
“A escola pública está vivendo um descalabro geral, com falta de apoio e assistência aos professores”, disse. E essa mudança virá através de uma mobilização geral: “Ou a rua pressiona ou então nós vamos ter uma tragédia na educação”, completa.
Confira a entrevista completa de José Genoino ao Fórum Café: