BRASIL CONTRA O RACISMO

VÍDEO – Lula comenta caso de racismo no Carrefour: “Não vamos mais admitir”

Nos últimos dias, uma professora que era seguida por seguranças de uma loja em Curitiba precisou tirar as roupas para ‘provar’ que não roubaria nenhum produto

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República.VÍDEO – Lula comenta caso de racismo no Carrefour: “Não vamos mais admitir”Créditos: Joedson Alves/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a reunião ministerial desta segunda-feira (10), em que era feita uma avaliação dos primeiros cem dias do seu novo mandato, para comentar o recente episódio de racismo sofrido por uma professora em loja do Atacadão, que pertence ao grupo Carrefour, em Curitiba. A cena triste, em que a moça se despiu para “provar” que não roubava nada, ocorreu no último sábado (8) e ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa.

“O Carrefour cometeu mais um crime de racismo. Um fiscal da empresa acompanhou uma moça negra que ia fazer compras, achando que ela ia roubar. Ela teve que ficar só de calcinha e sutiã para provar que não ia roubar. É a segunda vez que o Carrefour faz esse tipo de coisa”, disse o presidente.

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Atriz, professora e pesquisadora em Teatros Negros, Isabel Oliveira tirou a roupa e ficou só de calcinha e sutiã para mostrar que não oferecia perigo após ser perseguida por um segurança do Atacadão do bairro Portão, em Curitiba, no Paraná.

Ela relata que foi ao local para fazer compras e acabou sendo tratada “como um marginal”. De acordo com seu depoimento, gravado em vídeo no Instagram, seguranças do estabelecimento a seguiram por cerca de meia hora dentro da loja. Isabel diz que após ser perseguida pelo segurança chegou a deixar o mercado. Mas, retornou com o marido para fazer o protesto.

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“Temos que dizer para a direção do Carrefour que se eles quiserem fazer isso no seu país de origem, que façam, mas neste país aqui a gente não vai admitir o racismo que essa gente tenta impor ao Brasil”, concluiu o presidente.

Por meio da assessoria de imprensa, a empresa diz que "apurou o caso, ouvindo os funcionários e analisando as imagens de câmeras de segurança, e não identificou indícios de abordagem indevida".