Desde o último dia 30 de dezembro, quando Jair Bolsonaro (PL) fugiu para os EUA e deixou oficialmente a Presidência da República, escândalos envolvendo gastos do seu governo no cartão corporativo têm ganhado destaque na imprensa. O mais recente, revelado nesta segunda-feira (10), envolve o maior gasto com alimentação em um dia, durante evento em Roraima.
Na ocasião, em 26 de outubro de 2021, Bolsonaro fazia mais um dos seus eventos demagógicos, em que forçava uma suposta solidariedade a imigrantes venezuelanos, ao visitá-los. O objetivo real das visitas era fazer proselitismo ideológico, apontando seus adversários políticos da esquerda, sobretudo Lula e o PT, como apoiadores do regime venezuelano que produziu as tristes migrações. Naquela data, já era a sua segunda visita ao acampamento onde se concentravam os imigrantes.
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Durante a visita, que durou aproximadamente 8 horas, Bolsonaro usou o cartão corporativo para comprar 2964 rejeições por R$ 109.266,00. Acontece que o objetivo da compra não seria alimentar o acampamento inteiro, mas os seguranças do então presidente, que naquele dia seriam 474 homens.
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Matematicamente, cada um dos 474 seguranças teria recebido 7 refeições ao longo dessas 8 horas. Ou uma refeição a cada 1 hora e 14 minutos. A compra teria sido registrada dentro das normas e procedimentos previstos. Na documentação referente, o então governo Bolsonaro afirmava que alimentou mais de 500 agentes na data.
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A equipe de segurança contou naquela data com homens das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito de Roraima, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Exército e Força Nacional.