TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO

Parou de comprar Salton? Pois saiba que teve denúncia de escravidão em Champagne também

Uma coisa não redime a outra, mas denúncias parecidas ocorreram em vários locais do mundo onde são produzidos vinhos fartamente consumidos no Brasil

Taça de vinho.Créditos: Reprodução
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As vinícolas Salton, Aurora e Garibaldi caíram em desgraça – e com toda a razão – após a denúncia de trabalho análogo à escravidão na região de Bento Gonçalves, que culminou com a libertação de mais de 200 trabalhadores.

É bom lembrar - e isso não é caso de atenuar nada para ninguém, muito menos para os vinicultores da Serra Gaúcha - que eles não foram os únicos.

O toque foi dado por Marcos Nogueira, da coluna Cozinha Bruta, da Folha. Outras denúncias muito semelhantes à de Bento Gonçalves ocorreram em outras partes do mundo, inclusive em regiões onde são produzidos vinhos fartamente consumidos no Brasil.

África do Sul e França

Uma delas foi na África do Sul. Há até um documentário sobe o assunto chamado "Bitter Grapes" ("Uvas Amargas", 2016), sobre condições degradantes de trabalhadores que produzem vinhos para serem enviados a preço de banana para países escandinavos.

Há outras, no entanto, em regiões que ficam fora de países em desenvolvimento, com grave desigualdade social.

De acordo com o The Times, a região francesa de Champagne, que produz as bebidas mais chiques do mundo, também foi denunciada em 2021. O jornal inglês publicou em agosto do ano passado que oito desses produtores "teriam pagado a catadores de uva, a maioria do Leste Europeu, menos que um salário-mínimo, além de alojá-los em condições sórdidas".

Com informações da coluna Cozinha Bruta, da Folha