Nervosa e sem conseguir conter as lágrimas, a deputada estadual Thainara Faria (PT-SP) denunciou, nesta sexta-feira (31), ter sido vítima de racismo em plena Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
A parlamentar relatou, em um vídeo postado nas redes sociais, que foi impedida por uma servidora de assinar a lista de presença dos deputados.
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“Eu passei três horas na Mesa, numa atividade belíssima promovida pela deputada Leci Brandão. Com uma placa escrita deputada Thainara Faria. Eu fiz fala, fiz tudo e, na hora que fui descer para assinar o livro de presença dos deputados e das deputadas, a servidora falou não. Disse que o livro era para deputados e deputadas”, denunciou Thainara.
Em seguida, ela continuou seu desabafo: “Eu vou perguntar para vocês: Foi um mal-entendido? Hoje de manhã eu pedi para pegar o boton que a gente anda com ele para identificar que a gente é deputada, exatamente para não passar por isso. Aí a servidora disse: ‘a deputada já tem’. Eu tinha esquecido o meu em casa”, acrescentou.
Ela disse que não queria passar por racismo porque usa trança, “por estar circulando nesta Casa fora dos padrões. E o que acontece? Ela fala que era só para deputados e deputadas. Isso não é mal-entendido. É racismo puro. O pior tipo de racismo, que é o estrutural”.
Não é a primeira vez
O que aconteceu nesta sexta (31) não foi a primeira manifestação de racismo contra a deputada, que assumiu o cargo em março de 2023.
No dia da solenidade de posse, ela foi simplesmente impedida de entrar no plenário da Alesp, por ser um momento exclusivo para deputados.
Apesar de argumentar que ela era uma deputada eleita, sua entrada não foi permitida. Thainara só conseguiu ingressar no plenário para tomar posse depois da intervenção de outros funcionários.