O piloto Lewis Hamilton decidiu, nesta quinta-feira (30), comentar a decisão da Justiça brasileira, que condenou o bolsonarista Nelson Piquet. O brasileiro terá de pagar uma indenização de R$ 5 milhões por declarações racistas e homofóbicas contra o britânico. O dinheiro será destinado a fundos de promoção da igualdade contra o racismo e a discriminação LGBTQIA+.
“Eu gostaria de agradecer ao governo brasileiro. Acho que é incrível o que fizeram ao responsabilizar alguém, mostrando às pessoas que isso (preconceitos) não é tolerável”, disse Hamilton, que está em Melbourne, onde disputará o GP da Austrália de Fórmula-1, neste final de semana.
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“Racismo e homofobia não são aceitáveis. E não há espaço para isso em nossa sociedade. Então, eu amei que estejam mostrando que defendem uma posição. E ainda credito que, de forma geral, não devemos dar plataforma para pessoas que estão cheias de ódio”, acrescentou.
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“Eu gostaria que mais governos fizessem o mesmo. Temos visto o caso de Uganda (aprovou lei que prevê pena de morte para homossexuais). Obviamente, há mais de 30 países na África e no Oriente Médio (com leis semelhantes). Há muitas coisas que podemos aprender (com a decisão da Justiça brasileira)”, ressaltou.
Piquet ofendeu Hamilton, Keke e Nico Rosberg
A decisão contra Piquet foi divulgada, na sexta-feira (24), pela 20ª Vara Cível de Brasília, que condenou o bolsonarista por repetidas declarações racistas e homofóbicas contra o piloto inglês, em junho de 2022, em meio à campanha presidencial.
Piquet ainda ofendeu os ex-pilotos alemães Keke e Nico Rosberg, pai e filho, o segundo campeão mundial de Fórmula 1 em 2016, vencendo Hamilton.
"O Keke? Era uma bosta. Não tinha valor nenhum", afirmou. "É que nem o filho dele [Nico]. Ganhou um campeonato. O neguinho [Hamilton] devia estar dando mais o c* naquela época e ‘tava’ meio ruim", emendou Piquet.