O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) definitivamente não terá vida fácil no parlamento brasileiro. O ex-juiz da Lava Jato, que fez estrepolias com a lei penal do país e perseguiu à vontade seus opositores ideológicos por anos, inclusive condenando o agora (novamente) presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazendo-o passar 580 dias preso, para que depois suas sentenças fossem anuladas por uma coleção infinita de irregularidades, tem encontrado dificuldade para manter seu batido e repetitivo discurso pueril e demagógico de combate à corrupção no Senado da República.
Com poucos dias de mandato, Moro já teve que ouvir discursos violentíssimos e construídos com fortíssima argumentação por senadores do campo progressista. Acostumado a falar à imprensa nos “anos dourados” da Lava Jato, sem precisar escutar o contraditório, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) fica nervoso quando se vê frente a frente com opositores que desmontam suas falácias jurídicas.
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Desta vez, quem “incinerou” Sergio Moro foi o senador Fabiano Contarato (PT-ES), que em audiência numa comissão do Senado, discutindo a proposta de Moro para prisão em segunda instância, falou cobras e lagartos para o antigo magistrado federal, que tentou interrompê-lo, desesperado. Só que todo o nervosismo não adiantou de nada.
“A liberdade é sagrada! Qual o valor de uma pessoa que fica presa 580 dias ilegalmente? Blindar também de criminalidade, e eu quero aqui fazer uma ressalva, é um juiz utilizar procedimento processual pra levantar sigilo de uma presidente... É interferir diretamente em quem estava na frente num processo eleitoral... É ficar em conluio com o Ministério Público conduzindo...”, disparou Contarato, a poucos metros de Moro, que o interrompeu dizendo que aquilo “eram ofensas pessoais”. Porém, não adiantou.
“Não, escute, isso tem relevância porque o senhor foi diretamente responsável... Falar de corrupção? Corrupção foi isso que o senhor fez! O senhor não soube se comportar como juiz, o senhor violou o principal como juiz”, prosseguiu o senador capixaba dirigindo-se ao colega paranaense.
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