CONFUSÃO ARMADA

VÍDEO: Suplicy usa Estatuto do Idoso para driblar bolsonaristas que acampam na Alesp para barrar CPI do Tiro de Tarcísio

Suplicy causou furor de bolsonaristas que acampavam há três dias no setor de protocolos para evitar instalação de CPI para investigar tiroteio que deixou um morto em Paraisópolis quando Tarcísio fazia campanha.

Eduardo Suplicy dribla tarcisistas na Alesp com Estatuto do Idoso.Créditos: Twitter
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Figura lendária do progressismo brasileiro, o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) irritou bolsonaristas que acampam há três dias em frente ao setor de protocolos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para tentar barrar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o tiroteio que deixou um homem morto durante agenda de campanha do então candidato - e atual governador - Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) em Paraisópolis em outubro do ano passado.

A investigação da Polícia Civil paulista terminou sem identificar quem fazia a segurança de Tarcísio e de onde teria partido o disparo. O inquérito foi arquivado com muitas questões em aberto e sob suspeitas da atuação dos seguranças do então candidato bolsonarista.

Na terça-feira (21), diante do risco de instalação da CPI, os aliados de Tarcísio acamparam para protocolar outras comissões à frente da oposição. As comissões na Alesp são instaladas na mesma ordem em que são protocoladas e apenas cinco podem funcionar ao mesmo tempo.

Com o acampamento, os aliados tentaram blindar o governador até às 9h desta sexta-feira (24), quando Suplicy chegou de posse do Estatuto do Idoso exigindo ser atendido com prioridade, causando revolta nos bolsonaristas.

"Um ato de uma Casa Legislativa Estadual não pode infringir uma Lei Federal. Estou na @AssembleiaSP exigindo meu direito de preferência na fila por ter mais de 80 anos. É obrigatório o atendimento preferencial pelo Estatuto do Idoso e vou protocolar pedido de CPI do @ptsaopaulosp", disse Suplicy, com o estatuto na mão e em frente ao bolsonarista Gil Diniz (PL-SP), o "carteiro reaça".

A postura de Suplicy causou gritaria entre os ultradireitistas, que bradavam com ironia "não vai ter golpe" e "democracia". A polícia foi chamada a intervir e, por fim, os deputados do PT deixaram o local.

Assista às cenas.